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Piloto Automático: Otimizando a segurança e eficiência operacional de PCHs

 
Piloto Automático: Otimizando a segurança e eficiência operacional de PCHs Piloto Automático: Otimizando a segurança e eficiência operacional de PCHs

Autor: Bruno Pires de Campos


Resumo


A CPFL Renováveis possui 33 pequenas centrais hidrelétricas (PCH) operadas remotamente pelo COI (Centro de Operações Integrado) localizado em Jundiaí (SP). O Piloto Automático é uma ferramenta centralizada que automatiza diversos procedimentos de operação geralmente realizados de forma manual pelo operador do COI através do SCADA. Comandos de partida e parada, setpoint de potência, abertura e fechamento de comportas, etc. são disparados de maneira autônoma ou a partir da autorização do operador, desde que pré-condições sejam atendidas. O projeto visa aumentar a eficiência das PCHs, a segurança operacional e reduzir a sobrecarga dos operadores do COI.



Introdução

A operação de centros de controle da geração de energia tem se tornado cada vez mais complexa diante do aumento do número de pontos das aplicações SCADA. O operador tem disponível um número crescente de alarmes, comandos e setpoints para controlar as usinas. Isso acaba aumentando a carga e a responsabilidade sobre o operador. Dessa maneira, é fácil imaginar que operadores podem perder o momento ótimo de partir ou parar uma unidade geradora, ou mesmo se esquecer de aumentar a potência de geração quando se tem um aumento do nível do reservatório de uma PCH. Uma hora de decisão errada pode afetar a geração de modo significativo e representar grandes perdas para a empresa. Esse tipo de falha pode ter grandes consequências quando se trata da abertura e fechamento de comportas, o risco de um desastre por inundação ou secamento do rio que alimenta a usina aumenta.


Por tudo isso, se faz útil uma ferramenta que automatize as ações cotidianas da operação, tornando a mesma mais segura e eficiente, além de aliviar a sobrecarga dos operadores.

Esse projeto consiste no Piloto Automático que atua em todas as PCHs operadas pelo COI, bem como no Módulo de Segurança que atua isoladamente em cada PCH. O Piloto Automático fica no COI e integra as 33 PCHs, já o Módulo de Segurança fica no servidor da PCH, assume o controle da planta em caso de falha prolongada de comunicação entre a planta e o COI. A solução possibilita os modos: automático (execução de manobras sem intervenção do operador), semi-automático (execução com pedido prévio de autorização do operador), manual (sem execução de automatismos).


IMG: Piloto Automático: Otimizando a segurança e eficiência operacional de PCHs

Tela de supervisão das lógicas.



Metodologia

Manobras frequentes da operação foram traduzidas em sequenciamentos lógicos de comandos que são disparados mediante o atendimento de pré-condições.


O projeto engloba o uso do Gerenciador de Manobras da Automalógica, que é capaz de executar automaticamente comandos baseando-se em sequências lógicas pré-configuradas pelo usuário de modo que cada etapa possa ter uma ação de comando mediante atendimento de pré-condições. Por exemplo, antes de partir uma máquina o operador confere se o nível do reservatório está alto o suficiente para essa partida, se a máquina não tem nenhum bloqueio. Uma vez satisfeitas as pré-condições, o operador envia o comando de partida da unidade geradora. Essas seriam as mesmas pré-condições da lógica de partida de máquina no Gerenciador de Manobras.


IMG: Piloto Automático: Otimizando a segurança e eficiência operacional de PCHs

Gerenciador de manobras


Neste sistema é possível gerenciar a operação automática das 33 PCHs. Essa operação poderá trabalhar em 3 modos, podendo ser individualmente alterado para cada usina:


  • Automático: As funções de controle pré-estabelecidas são executadas automaticamente pelo sistema, sem a necessidade de autorização prévia do operador
  • Semi-automático: Através da tela de supervisão dos automatismos, o operador receberá sugestões de ações para cada função de controle (ex.: Partir UG1; Abrir comporta 1 do vertedouro, etc). Uma vez que o operador esteja de acordo com a ação sugerida, bastará sua autorização para que o comando seja enviado para a usina.
  • Manual: A função de controle é desabilitada, cabendo ao operador tomar as decisões e enviar os comandos de forma convencional pelo SCADA


Dentre as principais lógicas tem-se:


  • Partida/parada de máquinas
  • Abertura/fechamento de comportas vertedouro
  • Revezamento de máquinas com controle de prioridade
  • Controle de perda de carga na grade


Além do disparo de lógicas, o projeto conta com o módulo PID que controla o nível do reservatório das PCHs através de setpoint de potência automático para as máquinas. Esse módulo pode operar em três modos:


  • Manual: O nível desejado do reservatório é definido manualmente pelo operador.
  • Vazão: O nível desejado é definido em função da vazão afluente. Para altas vazões, o objetivo é abaixar o nível do reservatório, em que se aumenta a geração com o maior consumo de água nas máquinas.
  • Chuva: O nível desejado é definido em função da previsão de chuva. Nesse caso também se aumenta a geração para abaixar o nível do reservatório caso se assuma a chegada de água da chuva num futuro próximo.


Por fim, tem-se o Módulo de Segurança. É uma versão reduzida de lógicas que somente atuam em caso de falha de comunicação entre o centro e a PCH. Esse módulo visa garantir a integridade da usina e irá executar automaticamente lógicas de parada de máquina, controle de comportas bem como o controle de potência das máquinas. O Piloto Automático do COI reassumirá o controle automaticamente quando se reestabelecer a comunicação entre o centro e a PCH.


IMG: Piloto Automático: Otimizando a segurança e eficiência operacional de PCHs

Módulo de segurança


Conclusão

A CPFL conta com uma ferramenta integrada de automação. Isso permite que a empresa não precise dominar os mais variados tipos de CLPs de todas as suas usinas para inserir uma nova automação. Os principais ganhos são:


  • Aumento da segurança operacional
    • Ação imediata em eventos críticos
    • Segurança em falhas de comunicação
  • Aumento da eficiência operacional
    • Melhor tempo de resposta
    • Estratégia operacional seguida à risca
    • Estabilidade de nível
  • Diminuição da carga de trabalho da operação com manobras rotineiras
  • Flexibilidade para novas lógicas


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#Gestão de Energia

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